quinta-feira, 24 de agosto de 2017

PRISÃO DA ILHA PETAK, RÚSSIA


A vida de quem vai parar na prisão da Ilha Petak, na Rússia, é um verdadeiro desafio à existência humana. Particularmente brutal, mesmo entre as piores prisões da terra, ali, a angústia psicológica sofrida é suficiente para acabar com os criminosos mais endurecidos.

 Trata-se da prisão mais isolada do país, localizada no meio de um lago de uma remota região. Todos os presidiários da unidade são de alta periculosidade e foram condenados a sentenças de, ao menos, 25 anos. Eles ficam trancafiados 22 horas por dia. Encomendas e visitas ocorrem apenas duas vezes por ano nos primeiros 10 anos. Depois, isso pode aumentar um pouco, mas por conta do isolamento da cadeia, raramente algum detento segue recebendo visitas depois deste período. 
O presídio possui condições precárias de higiene e instalações que não fornecem nenhum conforto para os presos, que precisam suportar o frio extremo e a neve durante a maior parte do ano. Esse tipo de isolamento torna-se ainda pior se um preso não seguir as regras. Eles são trancados em uma cela pequena e escura por 15 dias com um balde de metal e um poleiro de madeira para se sentar. Além do isolamento os presos têm acesso limitado a instalações básicas, como banheiros, o que contribui principalmente para o fato de que a metade dos reclusos desenvolverem tuberculose. Durante a hora e meia ao ar livre permitida a cada dia, os prisioneiros são confinados a uma pequena gaiola exterior, apenas grande o suficiente para ficar de pé e andar de um lado para o outro.
Segundo a psicóloga da prisão Svetlana Kiselyova. “este lugar destrói as pessoas” “Os primeiros nove meses passaram a se adaptar, após três ou quatro anos, suas personalidades começam a se deteriorar. Não há como alguém pode passar 25 anos em um lugar como este sem ser psicologicamente destruído”.